quinta-feira

[RESENHA] Sob a Luz da Escuridão - Ana Beatriz Brandão

NOME: Sob a Luz da Escuridão  // AUTOR: Ana Beatriz Brandão
PÁGINAS: 336 // EDITORA: Verus // ANO: 2018
GÊNERO: Fantasia, Romance, Ficção, Literatura Brasileira, Literatura Nacional


Sinopse: O mundo não está a salvo dos humanos. Da autora de O Garoto do Cachecol Vermelho. Guerras e destruição, causadas pela ganância de um homem, quase levaram a raça humana à extinção. Com a radiação das bombas nucleares, o DNA humano sofreu mutações e uma nova espécie surgiu: os metacromos, seres especiais, com poderes extraordinários. Em meio ao caos de um mundo pós-apocalíptico, Lollipop e Jazz são resgatadas do instituto onde eram mantidas prisioneiras. Com as memórias apagadas, elas não sabem por que estavam ali nem quem as libertou. E, enquanto buscam respostas sobre suas origens, só lhes resta lutar pela sobrevivência. Evan, um vampiro milenar, lidera com mãos de ferro uma das mais poderosas áreas do planeta. Mas quando, por obra do destino, ele reencontra a mulher que pensou estar morta há décadas, tudo desmorona e ele é obrigado a enfrentar o passado. Ana Beatriz Brandão apresenta um mundo totalmente novo ao leitor em Sob a Luz da Escuridão. A raça humana não é mais a mesma, novas espécies foram criadas e agora é cada um por si. Uma história eletrizante, cheia de ação, tensão e romance, que vai provocar fortes emoções no leitor. Prepare-se e escolha seu lado nessa guerra: você é um metacromo ou um Deles?


Sob a Luz da Escuridão é o mais novo livro fantástico de Ana Beatriz Brandão (autora de Caçadores de Almas e Sombra de Um Anjo), sendo o primeiro volume de outros. A trama envolve um mundo pós Quarta Guerra Mundial, onde sobreviver é o ponto chave e escolher o lado em que irá lutar também. 

"— Mas o que importa não é o que aconteceu. Não é o passado. É o presente."
Pág.71

O enredo gira em torno de quatro personagens, que possuem certas ligações onde algumas são formadas ao decorrer dos capítulos, sendo eles Jéssica (Jazz), Lollipop (Lolli), Samuel (Sam) e Evan. Todos são Metacromos (humanos modificados) que lutam para sobreviver e descobrirem seus passados. Os capítulos são intercalados pelas narrações de cada um (em 1° pessoa), o que dá uma ampla visão do livro.

"A morte não é uma coisa para a qual nos programamos. Ela é previsível, apesar de sua chegada ser imprevisível."
Pág. 134

O livro já inicia com fortes emoções, com Lollipop fugindo do Instituto que a mantinha presa, seguido de mais fuga, quando Eles (os caras do governo) encontram o esconderijo dela e sua família (vamos se dizer assim). A jovem vive com, e protege, Jéssica, mas ambas são capturadas e levadas a uma nova Área (como é conhecida as cidades), por um cara estranho, que mais tarde, descobrem fazer parte do "clã" do líder desta Área. Líder este, que diz conhecer Lollipop e seu passo muito bem, mas ela não se lembra de nada, já que perdeu todas as suas memorias. E é a partir deste ponto que o livro começa a desenrolar, envolto de muitas descobertas chocantes, divertidas, drama e muita luta.

"— [...] mas você tem que entender que, apesar de tudo, ainda há esperança. Não existem só pessoas cruéis no mundo, e não existe só a morte no final."
Pág. 171



Como minha primeira experiência com literatura distópica, digo e afirmo que SALDE é um ótimo livro, de escrita fácil, fluída e de ligações bem estruturadas. Achei muito bem equilibrado, o romance, o mistério, a fantasia... Não notei furos e as expectativas para o próximo volume estão altas, já que temos muitas perguntas para serem respondidas que foram apresentadas neste lançamento. 

Gostei também das peculiaridades que cada personagem carrega. Todos são diferentes, de certa forma, mas levam consigo muitas coisas semelhantes, e vê-los interagindo, sobrevivendo com a ajuda do outro em meio a tanta rivalidade e sede por vingança, é gratificante e encantador. Todos foram muito bem moldados, com falas e decisões próprias, e eu estava sentindo falta de protagonistas tão singulares e únicos como neste livro.  

Outra coisa bastante interessante são algumas referências do nosso mundo real, que faz com que o leitor se aproxime mais da história, mergulhando de cabeça. E nem preciso dizer que o tal causador de tudo lembra muito um certo presidente americano, ha ha, e mais um vez vemos o quanto escolhas precipitadas e orgulho podem interferir na história de bilhões de pessoas (e é triste ver que o mundo real está quase neste mesmo caminho).

"[...] — O amor não é uma responsabilidade! É uma coisa que a gente deve compartilhar sem medo."
Pág. 203




\\ ! //   OPINIÃO - PODE CONTER SPOILER!   \\ ! //


Bem, acho que nem preciso dizer o quão apaixonada estou por este livro. Foi uma obra que adquiri carregada de expectativas e alegria, que me supriram demais assim que li cada capítulo. Foi... mágico! Incrível e apaixonante. Ana Beatriz foi muito cautelosa com este livro, desenvolveu tudo muito bem, e eu recomendo este livro para todos aqueles que curtem uma boa fantasia e ação (com aquele romance, claro). Me apaixonei pela história das diversas vidas de Lollipop, o jeito como cada um se tornou quem é hoje, e a forma como eles vão se descobrindo e aprimorando seus poderes. É uma galera que eu me identifiquei, pois eles são tão humanos quanto eu, enfrentam os dilemas da vida, como as coisas mais simples até as decisões mais complicadas, sem contar é claro, o lado juvenil e curioso que cada um possui. Fiquei tão satisfeita, pois realmente é uma obra bem balanceada. Não tem apelação, apenas o necessário para que toda esta história incrível caminhe cada vez mais ao topo dos livros mais vendidos. (E deixando meu último relato aqui: Lolli é minha personagem favorita, pois ela é uma mulher magnífica! Ela é inteligente, forte, estilosa e mais poderosa do que imagina SZ)

DOU
★★★★★



Viver em um mundo cercado de magia — esse sempre foi o sonho de Ana Beatriz Brandão. Ela descobriu que era possível tornar isso realidade através da leitura quando conheceu O Pequeno Príncipe, aos cinco anos de idade. Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana vive muitas aventuras todos os dias. Aos treze anos, descobriu que contar histórias era sua paixão e desde então escreveu diversos livros, entre eles A Garota das Sapatilhas Brancas, O Garoto do Cachecol Vermelho, Sombra de Um Anjo e Caçadores de Almas. Seu maior sonho é poder continuar contando suas histórias para todos aqueles que, como ela, acreditam que os livros são a melhor forma de tocar o coração das pessoas e mudar suas vidas.

quarta-feira

5 músicas para despertar a nostalgia (#2)


Hey! Olha quem voltou! xD A seleção de músicas nostálgicas de hoje é com base nos programas da Mix TV, que eu me lembro muito bem de ter assistido quando era muito pequena. São músicas que ficaram gravadas na minha cabeça e que até hoje não consigo "desapegar"! 


1. Perfect — Simple Plan (2002)



2. Semana Que Vem — Pitty (2003)



3. Sorry — Madonna (2005)



4. Cedo ou Tarde — NX Zero (2008)



5. I Kissed A Girl — Katy Perry (2008)


Essa foi a pequena seleção de hoje! Em breve trarei mais músiquinhas legais e nostálgicas! xD [Imagem: Pixabay]

sábado

[RESENHA] Os Animais Também Vão Para o Céu

NOME: Os Animais Também Vão Para o Céu  // AUTOR: Vários
PÁGINAS: 236 // EDITORA: Sinna // ANO: 2017
GÊNERO: Contos, Crônicas, Literatura Brasileira, Literatura Nacional


SINOPSE: Dizem que anjos têm asas. Mas e se, na verdade, eles tiverem focinhos? O que todos os contos deste livro têm em comum é o respeito por outras espécies e a humildade de reconhecer que temos menos a ensinar e muito mais a aprender com eles. Os professores? Os corações puros, doces e sábios que vêm a esse mundo para falar a quem consegue ouvir com a alma. São histórias comuns que se tornam extraordinárias quando notamos a presença dos animais em todas as páginas. Sorte a nossa tê-los também em nossas vidas e, por que não, também além dela. Afinal, os animais também vão para o céu. Ou será que é de lá que eles vêm?



Os Animais Também Vão Para o Céu é uma antologia social (cujo os lucros são destinados a diversas organizações que cuidam de animais), organizada pela autora Camila Pelegrini (Aos Olhos de Zoe) e publicada pela Editora Sinna. O livro possui 22 contos, sendo eles, de autores convidados e outros de autores que foram selecionados pelo edital. O livro encanta por toda sua parceria, em especial, dos próprios autores, onde Malu Ghiraldeli entrou com suas ilustrações, Décio Gomes com a arte da capa, e, Camila Pelegrini iniciou com chave de ouro o Prefácio do livro. Cada narrativa ressalta a diferença que os animais causam em nossas vidas e o quanto podemos aprender com eles, não importa a raça ou espécie.

"[...] Um animal pode amar alguém muito mais do que qualquer pessoa. Basta notar antes que seja tarde demais."
de 'A Magia de Oz', pág. 26


A Linguagem dos Céus, de Wesnen Tellurian, é o primeiro conto da antologia. Narrado em 3° pessoa, o autor nos conta, de modo mais dramático, a história de Amber e de seu cachorro Lazuli, o qual ela alimentava todos os dias após um acidente. 


A Magia de Oz, de Michael Vasconcelos, é uma "releitura" de O Mágico de Oz, onde o autor nos faz enxergar com detalhes a relação de Dorothy e seu cãozinho Totó. Narrado em 3° pessoa, vemos o quão importante e companheiro Totó é para Dorothy, fazendo-a refletir após um incidente.


A Melodia Perdida, de Martha Ricas, também é um conto carregado de emoção. Quem narra a história, em 1° pessoa, é uma passarinho, que está engaiolada e não canta mais. É de modo triste que ela desabafa sobre sua vida depois de ter sido capturada e, entristecida, conta sobre seu único amigo garoto...


Amor que Cura, de Evelyn Santana, conta a história de uma mãe solteira e um pai ausente na vida da filha. Narrado em 3° pessoa, a autora mostra como um bichinho pode recuperar um sorriso perdido, a partir do momento em que Ana (a mãe) resgata um filhote em meio ao lixo e chuva.


Artichaut, de Italo Oliveira, é um conto muito fofo. Narrado em 3° pessoa, conta a história de Antoniette, uma musicista pouco conhecida que recebe a oportunidade de criar um jingle para uma ração canina. E é em meio a tantos pensamentos e reflexões, um rapaz, e dois cachorrinhos, que ela percebe que sua família é maravilhosa e o ponta-pé para sua apresentação.


Caixa de Papelão, de Ana Bittencourt, nos mostra a vida de uma gatinha de rua que acaba se esbarrando com uma humana, de nome Laura. Narrado em 3° pessoa, com foco no campo de visão do felino, esta história fofa conta como é complicado para Laura se desfazer da gatinha, após abrigá-la do frio devido a sua empatia. 


Cãobraço, de C. David, conta a história de um pai querendo ajudar a sua filha pequena a superar o medo de cachorros. Narrado em 1° pessoa, pelo pai, nos deparamos com mais uma situação de abandono, onde o homem resgata o animalzinho e o leva para casa. Este conto nos mostra a construção de uma amizade e as superações dos medos de um jeito tocante e fofo...


Dressage, de Malu Ghiraldeli, é narrado em 1° pessoa e pelo o próprio protagonista, um cavalo! Espiga, um potro, sonha em ser dançarino, assim como os belos e fortes cavalos da hípica, e é em meio ao seu dia a dia que os vemos contar suas vontades e experiências até se esbarrar com a moça que ele havia se encantado e ela mudar a sua vida.


Inesquecível, de Duda Santos, conta a história da mãe Rafaela e sua filha Alice, e as experiências e recordações com os cachorros em suas vidas. Narrado em 1° pessoa, o conto nos envolve devido seus flashbacks e conteúdo mais doloroso. É capaz de arrancar muitas lágrimas, ensinar várias coisas importantes e refletir.


Marco Polo, de Décio Gomes, nos envolve com uma linda história de superação. Narrado em 3° pessoa, conhecemos Nara, uma mãe que perdeu o seu filho, mas consegue achar um pouco de sentido em tudo quando acha um gatinho em um terreno baldio, quando decide mudar a rota de sua caminhada para fugir da chuva.


Meu Amigo Herói, de Daya Alves, conta a linda história do cãozinho que não era adotado por ser considerado feio e o único amigo de verdade que ele tinha. Narrado em 1° pessoa, o rapaz, que tanto amou Hulk, recorda-se dos vários momentos que seu cachorro salvou a vida dos membros de sua família.


Meu Anjo da Guarda, de Tabatha Cuzziol, nos encanta e emociona com as aventuras de um senhor que está contando um momento muito importante de sua vida para seus netinhos. Narrado em 1° pessoa, o vovô narra os exatos momentos de seu passado, quando tentou salvar vários lobos de diversas armadilhas e ganhou uma cicatriz em sua pele. Este conto está aí para nos dizer que é possível sim existir uma amizade entre uma pessoa e um animal da floresta...


Meu Amigo Locutor, de Kate Willians, conta a história do locutor Roberto, que amargurado pela perda, decide se aposentar da rádio e viver isolado. Narrado em 3° pessoa, vemos uma mudança no homem quando o mesmo, incentivado por uma garotinha, decide adotar mais um animalzinho e ver sua vida ser mudada para melhor a partir daí.


Missão, de Larissa Milena, nos motiva com os pensamentos de Luana, uma moça que está prestes a inaugurar sua própria ONG graças ao apoio de sua antiga cachorrinha Nina, que a ajudou a vencer a depressão.


O Milagre de Du Berrot, de Lola Gutierrez, conta a história de uma mãe que adotou um gatinho para tentar incentivar sua filha pequena a dar seus primeiros passos na vida, que era autista. Narrado em 1° pessoa, este conto encanta e emociona com suas passagens, e alegra, por ser tão fofo ver uma relação pura entre bichinho e uma criança especial.


O Retorno, de Clécia Melo, conta a história da cachorrinha Tininha e da moça Salete, que vivia dias ruins desde uma fatalidade que lhe causou depressão. Narrado em 3° pessoa, alternando entre Salete e a cachorrinha, aparenta ser uma história sobre reencarnação, que é muito tocante e emocionante.


Os Animais vêm do Céu, de Katerine Grinaldi, aparenta ser uma narrativa bem direta entre a própria autora e o leitor. De modo único e tocante, ela conta como seu cachorro Josh a incentivou seguir em frente e não desistir, pois ambos precisavam um do outro.


Tudo Vai Ficar Bem, de Nayara Yanne, conta a história de Elias, um garotinho órfão que fugia da Guerra no lugar onde vivia, e Faísca, um cãozinho que ele fez amizade em pleno escombros. Narrado em 3° pessoa, este conto de ar nostálgico narra como, mais uma vez, um animalzinho salvou a vida de uma pessoa.


Um Novo Milagre, de Natasha Coutinho, também conta a história de um bichinho e uma criança com autismo. Narrado em 1° pessoa, pela mãe do garotinho, o conto emociona devido aos vários fatos que ocorrem na narrativa. Mostra o quanto os animais ajudam as pessoas a abrirem os olhos e o quanto são capazes de ensinar a amar e enxergar a vida de outras formas.


Uma Canção para Molly, de Fernando Diaz, é uma história emocionante de uma senhora e uma cachorrinha. Narrado em 1° pessoa, pela senhora que está nostálgica, vemos uma enxurrada de lembranças de quando a mulher encontrou Molly pela primeira vez. Encantada pela histórias das duas ao decorrer da vida, a senhora cria uma música para a cachorrinha.


Uma Semente no Escuro, de Camila Lobo, é um breve e fofo conto sobre uma garota que narra, em 1° pessoa, sua experiencia com os hamsters que tivera, e o quanto cada um deles eram especiais e a ajudou, em especial Touko, a hamster que mais viveu a lado dela.


Vida Morta, de Bruno Godoi, é o último conto da antologia e, para ser sincera com vocês, foi o conto que mais quebrei a cabeça para entender. Narrado em 3° pessoa, sua narrativa me lembrou muito as fábulas que eu lia na escola, pois seu conto possui uma carga bastante culta - ao meu ver - e cheia de sentidos figurados, com significados forte sobre a vida e reflexões sobre a mesma. 


"[...] Não sei como podem dizer que animais não têm alma, quando, na verdade quem não tem são alguns humanos."
de 'A Magia de Oz', pág. 26

"Ele é o nosso melhor amigo. Ele não liga para a cor, para a sua religião, nem mesmo para sua classe social. O amor de cachorro é puro e ele carrega até seu último dia de vida."
de 'Inesquecível', pág.93

"[...] Os animais, eles têm esse poder, essa coisa quase mística de nos curar. Eles nos entendem melhor do que qualquer pessoa."
de 'Marco Polo', pág 114

"[...] Todos nós precisamos de um bom amigo, não é? Às vezes é tudo o que falta para preencher o vazio deixado em nosso peito."
de 'Meu Amigo Locutor", pág 148

"[...] Mas é sempre necessário seguir em frente, porque há alguém que precisa de você. [...]"
de 'Uma Semente no Escuro', pág 217

"[...] Quando a tristeza e a dor são tantas, e o sono e a vontade de sonhar são os únicos confortos, o que se faz, então, é dormir."
de 'Vida Morta', pág 231


O livro é muito promissor e recomendo para todas as pessoas, pois todos os envolvidos fizeram um ótimo trabalho. Além de uma diagramação e artes impecáveis, a obra conta com narrativas diversas, sendo elas, muito bem construídas, escritas, e finalizadas.

Meus contos favoritos foram A Melodia Perdida (Martha Ricas), por toda a escrita madura e encantadora; Dressage (Malu Ghiraldeli), por toda sua graça e meu interesse em cavalos; Meu Anjo da Guarda (Tabatha Cuzziol), pela ousadia em falar sobre lobos e o modo como a autora me cativou; e, Tudo Vai Ficar Bem (Nayara Yanne), pois narrativas ambientadas em lugares que a mesma narrou me encantam muito, e Nay deixou seu conto muito bem construído, em especial tratando-se de sentimentos.

Um livro abrangedor, que aborda um tema que deve ser ainda mais falado, e que irá aquecer o coração de muitas pessoas (e abrir os olhos também). Recomendo, mais uma vez, para todos, em especial aqueles que curtem um bom livro que aborta temas como amizade, empatia, e drama sutil.

DOU
★★★★★

| Shadow, minha gata, colaborou em ser modelo por alguns segundos, hehe |

Com um sonho na cabeça, uma caneta na mão e alguns cachorros nos pés, Camila Pelegrini, advogada e professora de inglês, descobriu-se também escritora. A jovem, hoje agenciada por uma das maiores agências literárias do Brasil, a Increasy, é autora das obras 'Sombras do Medo' e 'Aos Olhos de Zoe', além de estar em várias antologias. Acreditando que livros possuem mais força do que todos os X-MEN reunidos, costuma unir em suas histórias as suas maiores paixões: literatura, animais, mistério e a esperança de um mundo melhor.

segunda-feira

5 MOTIVOS PARA APOIAR A LITERATURA NACIONAL

Se você é aquele coleguinha chato que só lê livros estrangeiros porque possui um certo preconceito com os nacionais, só digo uma coisa: Pare!váááários motivos para que você deixe essa ideia boba de lado, até porque histórias boas e não tão boas assim existem em qualquer lugar do mundo, porém,  aqui e agora, citarei apenas 5 motivos que, desejo eu, sirva de incentivo e reflexão à todos. Bora lá!:

1) VOCÊ AJUDA UM ESCRITOR A SER RECONHECIDO

A melhor coisa do mundo é quando seu trabalho sai do anonimato e cai na boca do povo! Imagina para quem é escritor?! Este tópico em especial é para aqueles que estão iniciando no mundos dos nacionais, começando pelos e-books independentes, fanfics, e demais histórias publicadas por autores de menor público! Não fique com um pé atrás. Antes de começar uma leitura veja se a sinopse te interessa, as avaliações dos demais leitores da obra e os comentários em relação a ela. (dê uma forcinha para quem está começando! Aliás: Dê uma forcinha aos escritores nacionais contemporâneos!) =D 

2) ABRE PORTAS DE TRABALHO

Ser autor também é um trabalho, e escutar um "O que você faz além de escrever?" é muito, muito entristecedor. A maioria dos autores almejam ganhar uma casa editorial para o seu livro, em especial Editoras grandes e bem reconhecidas, então, se um escritor é lido e possui seu público, há mais chances de ele conseguir alcançar esse objetivo. Claro, também existem os autores independentes, que vendem suas obras por conta, e com leitores e apoiadores ele já estará ganhando seu ganha-pão e a satisfação de compartilhar suas incríveis histórias... ^_^

3) REPRESENTA O SEU PAÍS

Infelizmente o Brasil não está no topo dos países que mais leem no mundo, isso é fato. E como já disse incontáveis vezes, o brasileiro ainda possui muito preconceito com os autores nacionais, mas mal sabem eles que este universo guarda histórias maravilhosas. Represente seu país e o que há de bom dentro dele! A literatura é importante para todos: Autores, leitores e companhia! (um livro bem falado por aqui tem mais chances de ser traduzido para outras línguas, em outros países)

4) VOCÊ NÃO SOFRERÁ COM A DISTÂNCIA

É muito angustiante ser admirador de alguém que mora muito longe, não é mesmo? E quando digo muito longe, quero dizer muito longe mesmo! Felizmente, se você começar a se encantar por este universo literário nacional (garanto que sim) seu autor favorito estará muito perto de você, e o melhor: Ele será um amor com você! (não garanto TODOS, mas 99% irá haha) Já ouvi de muitos autores o quão mágico é ter o contato com os leitores quando ocorrem eventos, como as sessões de autógrafos e lançamento. Isso inspira, motiva e deixa aquele quentinho no coração inexplicável!

5) VOCÊ NÃO GANHARÁ APENAS UM ÍDOLO, MAS SIM UM AMIGO

Estou dizendo a verdade! Você não ganhará apenas um autor favorito para admirar, irá ganhar um amigo, uma pessoa disposta a conversar com você e trocar algumas ideias nas redes sociais! Se até eu, uma pessoa tímida e que surta perto das pessoas que gosto consegui uma lista vasta de amigos escritores in-crí-veis, até você consegue, meu amigo! ;D

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LEIA TAMBÉM 

sexta-feira

Bienal do Livro SP (minha primeira vez!)


A 25° Bienal Internacional do Livro de SP teve início em 3 de agosto e vai até o dia 12 (domingo agora), e tive a oportunidade de finalmente comparecer neste evento maravilhoso que a tanto tempo almejo! Foi graças a um sorteio concedido pela Editora Globo Alt, então imagina o quão feliz fiquei quando soube que era um das ganhadoras! Escolhi o dia 5 (primeiro domingo) para visitar o local, pois era um dia no qual eu poderia ver alguns amigos distantes e autores que tanto admiro...



Fiquei admirada com o tamanho do local e com a quantidade de pessoas. Não consegui aproveitar metade das coisas que eu havia planejado, mas foi muito bom visitar os estandes, tirar fotos, admirar alguns livrinhos (que estavam super em conta) e abraçar a galera toda! Todos por lá estavam fazendo um ótimo trabalho... não tem como não ficar bobo andando pela Bienal do livro!


Foi uma experiência e tanto, e espero ter a oportunidade de estar nas próximas bienais do livro (ano que vem é Rio de Janeiro), onde tenho certeza que irei aproveitar ainda mais, já que estou mais atenta a certos detalhes.  Vocês podem encontrar mais fotinha no Instagram do blog (AQUI) e ver os livros que consegui trazer de lá! Estou muito feliz por ter tido essa oportunidade e grata a todos pelo carinho que recebi... ♥

sábado

5 músicas para despertar a nostalgia (#1)

Eu nunca fui de falar sobre música. Basicamente sou aquela pessoa que não anda tão antenada assim nos lançamentos e que vive nos anos que se passaram. Sou daquelas que possuem mais músicas antigas do que novas, muitas das vezes meus conhecidos me zoam por ser assim, mas vou falar: Como eu amo esse sentimento nostálgico! E foi pensando nas músicas que amo ouvir que decidi criar essa série aqui no blog, tentando sempre relembrar as músicas que despertam esse sentimento de saudade e nostalgia. Os sentimentos dos velhos tempos...


1. Já Sei Namorar — Tribalistas (2002)



2. Quando a Chuva Passar — Ivete Sangalo (2005)



3. Você Sempre Será — Marjorie Estiano (2005)



4. De Janeiro a Janeiro — Roberta Campos e Nando Reis (2008)



5. Velha e Louca — Mallu Magalhães (2011)


Quem aí lembra dessas músicas maravilhosas?! Amo ouvi-las, principalmente quando vou dormir... :')  Em breve trarei mais posts nesse estilo, tentando sempre focar em determinado grupo (nacionais, internacionais, rock, pop, enfim). Até o próximo top! ;D [ imagem/reprodução: Pixabay (MabelAmber) ]

sexta-feira

[RESENHA] O Cobiçado (Adam Olivier) - Mari Scotti

NOME: O Cobiçado (Adam Olivier)  // AUTOR: Mari Scotti
PÁGINAS: 389 // PUBLICAÇÃO: Amazon BR // ANO: 2018
GÊNERO: Romance, Reality Show, Literatura Brasileira, Literatura Nacional

SINOPSE: Adam Olivier é o guitarrista solo da mundialmente famosa banda Four River. Melhor amigo de Rohan, o vocalista e primeiro Cobiçado da RPTV, foi convidado para protagonizar a segunda temporada do reality show que dividiu opiniões no Brasil.
É um homem desconfiado e fiel aos princípios que seu pai lhe ensinou. Também é amigo e companheiro. Mas uma de suas características também é um de seus defeitos: o músico guarda seus problemas para si.
O que seu melhor amigo faria se desconfiasse de sua paixão secreta pelas mulheres dele? O que o mundo diria se compartilhasse que tem em seu passado um abandono? Uma morte?
Seu maior desejo é se apaixonar por alguém que não seja de ninguém. O que não espera é começar o programa descobrindo que todas as candidatas escondem seus rostos e corpos, tornando sua escolha ainda mais difícil.Vinte e quatro Misteriosas lutam por seu coração, mas será ele capaz de entregá-lo?

Imagem original: Mari Scotti

O Cobiçado (Adam Olivier) é o segundo volume da série O Cobiçado, da paulistana Mari Scotti. A trama gira em torno de um reality show da emissora RPTV, cujo nome é o titulo da série. O e-book pode ser encontrado na plataforma da Amazon, e promete muitas emoções e mistério, já que este volume é um tanto diferente do primeiro, onde o final era um tanto previsível.

"Será que suportaria o mesmo que Rohan? A manipulação, a escolha, as despedidas? O medo de sentir de verdade e não ser recíproco? Ou pior, não sentir nada por nenhuma candidata?"
de O Cobiçado II, cap. 01

O livro inicia com fortes emoções e um motivo plausível para a escolha do cantor em participar do reality. Adam estava farto de sempre se apaixonar pelas namoradas de Rohan, estava cansado de sofrer por alguém que ele sabia que jamais teria e pior... Alguém de seu melhor amigo. Disposto a conquistar sua garota e o seu cantinho, arrumar seus erros do passado, Adam aceita participar da segunda temporada do programa e se surpreende ao se deparar com tantas mulheres misteriosas, cujo qual só descobria seus rostos quando as eliminavam. E é em meio a seus tormentos pessoais e visitas a Casa das Candidatas que Adam conhece as mulheres pelas quais ele teria tanto carinho mais tarde.

"— Eu quero muito me apaixonar. — E sussurrou, mesmo sabendo que o microfone não deixaria a frase ser ignorada pela produção — E estou com muito medo de não acontecer."
de O Cobiçado II, cap. 11

A Mari conseguiu conquistar, novamente, em seu quesito escrita. Ela mantém sua identidade com sua narrativa leve, romântica e detalhada, carregada de referências muito legais. Um outro ponto interessante foi a inclusão de capítulos narrados por uma telespectadora, que teve sua vez nos capítulos finais do livro. A forma que tudo caminhou foi natural e compreensiva e a representatividade de mulheres fortes e diversas um ponto chave para este volume (o que serviu e MUITO para o amadurecimento do nosso guitarrista).

"Acredite, sonhar não leva a vitória. Pensar, criar estratégias e investir no que é certo é que garante nosso futuro."
de O Cobiçado II, cap. 15

Recomendo este romance contemporâneo para aqueles que procuram uma leitura mais realista, divertida, porém com um toque leve dramático. Apesar de aparentar ser apenas uma disputa entre mulheres por um coração famoso, Mari Scotti nos mostra o quanto as pessoas e as situações que a vida nos dá pode nos trazer ensinamentos importantes e superar certos medos. Certamente é um livro que nos impressiona e fala mais sobre sentimentos e amor.

"Todos temos marcas [...] Coisas que precisamos vencer e superar." 
de O Cobiçado, cap. 21

\\ ! //   OPINIÃO COM SPOILER!   \\ ! //
Se você não quer spoiler, já se retirou? haha Contarei até três: Um, dois... Três! Vamos lá! xD Eu realmente me fascinei por este universo mais real da Mari, me encantei pela Four River, pela história do passados dos rapazes, pelas diversas cenas de shows... *suspira* E gostei bastante de ter lido este segundo volume, que possui uma temática mais séria, madura e sensual (apesar de euzinha aqui reprovar e muito o Adam beijoqueiro, hump). Saber que ele tem uma filha perdida me surpreendeu um tantinho, pois eu não esperava isso, e saber que ele achou um amor em meio a tantas mulheres talentosas e incríveis me deixou muito feliz, pois ele encontrou aquilo que procurava e além. Ele encontrou o amor em duas pessoas e espero que isso dure, pois nosso "mocinho" sofreu demais no passado com tantas perdas (mortes). Quero abraçar a Mari por ter deixado aquele mistério de "quem será a escolhida?" e não ter colocado a mocinha narrando como no primeiro volume da série, acho que foi um ponto alto na história, então obrigada por nos ouvir Mari. E a capa... ah, eu amo os elementos da capa de O Cobiçado, só acho que esta ficou um tantinho escura, contrastada. E... eu entendi bem? O terceiro cobiçado será ela? Já estou curiosa, como uma fiel leitora, esperando fortes emoções e um pouquinho mais de sofrência, hoho ♥

Paulistana, tímida e blogueira literária. Nascida em 22 de fevereiro e formada em Recursos Humanos. Aprendeu a amar a literatura aos dez anos de idade e a desejar escrever com a mãe que também é apaixonada por esta arte. Teve coragem de mostrar suas histórias a outros apenas em 2009 como escritora de fanfics, o que a impulsionou a buscar por mais. Apoia sem reservas a literatura Nacional. Já gravou CD como cantora de banda, compôs e hoje se dedica à sua família e a seus queridos personagens. Escritora das séries Neblina e Escuridão, Série Nefilins e do romance de época Montanha da Lua.